terça-feira, 14 de julho de 2009

Disponivel.com ganha novo layout e navegação simplificada em versão beta

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Psicólogo Pedrosa Responde: Não consigo parar de me masturbar. O que faço?

Eu adoro fazer sexo e me masturbo muito. Chego a me masturbar cinco vezes ao dia. Mesmo no trabalho durante as reuniões eu saio para me masturbar. Não consigo ficar com uma só pessoa, não me satisfaço. Estou sempre procurando pessoas para fazer sexo, não fico um dia sem gozar. Sou um gay ativo. Estou cansado desta situação o que faço? Tem alguma dica pra mim? Ah, tenho 30 anos e sou executivo de vendas. Caco (Rio de Janeiro - RJ).

Caco, obrigado pelo contato. Pelo seu relato parece que você tem uma disfunção sexual chamada de Desejo Sexual Hiperativo. O que caracteriza esta disfunção é a total falta de controle sobre a atividade sexual. O impulso sexual surge espontaneamente e a pessoa se sente excitada mesmo sem uma estimulação sexual externa.

Alguns indivíduos conseguem ter uma média de até cinco orgasmos por dia e se relacionam sexualmente com centenas de parceiros durante o ano. Existe, também, na literatura, inúmeros relatos de homens e mulheres hiperativos sexuais com comportamentos obsessivo-compulsivos e que se tornaram totalmente escravos do impulso sexual. Não conseguem controlar este impulso e, diariamente, buscam o sexo anônimo. Quando não conseguem, se masturbam compulsivamente. Geralmente, não se ligam afetivamente ao parceiro. A hiperatividade sexual é mais comum em homens.

O Desejo Sexual Hiperativo apresenta como manifestação clínica um autocontrole débil, tornando o indivíduo insaciável. Eles não conseguem se abster. Quando tentam, se tornam tensos e ansiosos. Desestruturam o casamento, comprometem sua vida social e a manutenção do emprego. Sob tensão, muitas vezes, associam este estado ao prazer sexual.

A etiologia, ou causa, do Desejo Sexual Hiperativo ainda é desconhecida. Provavelmente, existe uma suscetibilidade genética para este comportamento que é associado aos fatores ambientais. Como cada caso é um caso as dicas que tenho para você são: procure um médico urologista para exames clínicos; em seguida procure um psicólogo, terapeuta sexual aí no Rio, para uma avaliação comportamental e ver também a necessidade de medicação com um psiquiatra. Na terapia poderá ser evidenciada a funcionalidade deste seu comportamento e o psicólogo terá um linha de conduta para o seu caso.

(*) João Batista Pedrosa é psicólogo (CRP 06/31768-3) e autor do livro Segundo Desejo (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para pedrosa@syntony.com.br. Acesse também seu site http://www.syntony.com.br/.


Carlos Martins, juntamente com a revista A Capa