sábado, 27 de junho de 2009

Sugestão de mudar Parada de São Paulo para estádio do Morumbi irrita ativistas LGBT


A promotoria de São Paulo quer impedir que as próximas Paradas do Orgulho de SP seja realizadas na Av. Paulista. Isso porque casos graves de violência foram registrados, como a morte por espancamento do chefe de cozinha Marcelo Campos Barros.


Por isso, o promotor José Carlos Freitas, responsável pelo inquérito, sugere locais fechados que, segundo ele, são ideais para manifestações como essa. "Uma alternativa é diluir em outros eventos [menores], para que possa ser utilizado o Sambódromo, o autódromo de Interlagos, até o estádio do Morumbi, que é um local apropriado para manifestações dessa natureza", disse Freitas.


Alexandre Santos, presidente da APOGBLT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo), se mostrou bastante irritado com a sugestão do promotor. "A parada não é uma festa, e sim uma manifestação pública. Como tal deve permanecer em um local público como a Avenida Paulista”. Além disso, a “Parada deve continuar sendo realizada no local onde nasceu".


Segundo o presidente da Associação, a medida poderia ainda gerar um conflito entre torcidas. "Os são-paulinos já são associados aos LGBT e colocar a Parada dentro do estádio poderia aumentar a violência". Xande ainda questiona: "Quem garante que os manifestantes estariam seguros só com a mudança de local?".